quarta-feira, 6 de maio de 2009

A Nuvem-Palavra

Numa das minhas viagens,
cruzei-me com uma nuvem triste
em dia de céu limpo.
Percebi que a conseguia ler
como nunca antes tinha lido nenhuma
e convidei-me a sentar com ela
no véu dos seus pensamentos.
Eu achava que todas as nuvens eram escultoras de imagens,
mas hoje descobri que posso ler histórias de água suspensa
E tu, Nuvem-Palavra, nem escreves um “sorriso” para mim?
Eu adoro a palavra “palavra”...
mas será que a adoro mais do que adoro
por ser aquela que pode “dizer” todas as outras?
A Nuvem-Palavra alisou o céu,
como as mãos dançam com a areia,
e esculpiu sorrindo que SIM.

1 comentário:

  1. E quando voo por estes céus vejo realmente que as palavras "palavra" não são todas iguais. Umas acabam na beirinha dos seus contornos. Mas estas, quando saem dos seus contornos desenhados, parecem começar outra vez, esticando-se por todo o azul à sua volta. Será que acabam no fim do azul? Não sei. Agora "voo" ali e já volto.

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